segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Revista de Ciência Elementar - Calouste Gulbenkien

 
A Revista de Ciência Elementar é mais um projeto da Fundação Calouste Gulbenkian, a Casa das Ciências – Portal Gulbenkian -, para Professores, com o mesmo objetivo de sempre, ou seja, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino das Ciências em Língua Portuguesa.
 
Dirigida a professores e alunos, bem como ao público em geral, esta revista publica os melhores artigos que nos forem chegando, destinados fundamentalmente a clarificar, esclarecer e desenvolver conceitos de Ciência Elementar, sobretudo os que se encontram diretamente associados aos programas do Ensino Básico e Secundário.
 
Contando com a colaboração de uma equipa editorial de grande prestígio, segue o paradigma da metodologia de peer review para a publicação dos artigos, tendo cada um, um editor especializado responsável pela sua aceitação para publicação.

A revista pode ser descarregada no site:
http://rce.casadasciencias.org/
 
Se quiser colaborar com artigos, contate:

terça-feira, 19 de novembro de 2013

SEGUROS E CIDADANIA


A Associação Portuguesa de Seguradores (APS), lançou no dia 8 de outubro, os primeiros exemplares de duas coleções criadas no âmbito do projeto Seguros e Cidadania, uma de livros, outra de jogos, cujo objetivo é divulgar a importância do seguro e os seus conceitos básicos junto das gerações mais novas.

Esta é uma iniciativa no âmbito do projeto de literacia financeira, destinada aos jovens dos cinco aos 13 anos.

O atual livro, o primeiro da coleção, chama-se «O risco espreita, mais vale jogar pelo seguro, foi escrito pelas autoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães e tem ilustrações de Carlos Marques.

O livro procura transmitir informação rigorosa e atraente aos mais jovens, para que eles possam compreender a atividade seguradora e insere-se no conceito de educação para a cidadania.

terça-feira, 11 de junho de 2013

125 anos Pessoa

O dia 10 de Junho é, apetece dizer ainda, feriado nacional e diz-se dia de Portugal, Camões e das comunidades portuguesas. Ora essa data acolhe o nome de um dos mais reconhecidos poetas nacionais, Luís Vaz de Camões, a quem se deve a narrativa evocativa das descobertas portuguesas. Mas Camões só me serve de atalho para o dia 13 de Junho. 
Esse mesmo dia de 1888 dá hoje que falar mas, à data, talvez tenham acontecido sucessos que justificassem a compra do matutino mas nelas não encontraríamos a razão deste artigo. Isto porque nesse preciso dia nascia outro, senão mesmo o maior (que o é, pelo menos as olhos de quem aqui escreve), escritor de língua Portuguesa - Fernando António Nogueira Pessoa.
A data tem ainda um pouco de maior relevância uma vez que este ano se completam 125 do seu nascimento, uma data "redonda" que importa sublinhar. Sobre Fernando Pessoa, escritor, sobram as palavras, o alvoroço de ideias que rompem dos seus textos e que nos deixam entre a dúvida e a certeza, o consolo e o desalento, a tristeza e o regozijo. As mesmas palavras que se contradizem ou se vão desvendando a cada leitura feita mas que nunca nos deixam na certeza de que jamais voltaremos a elas. Ao falar de Pessoa é também discorrer sem poder fugir às diferentes "feições" visíveis na sua heteronímia. Não tenho preferências ainda que tenha um gosto particular por Alberto Caeiro que certo dia "me disse"...    

Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. 

Depois desse dia nada mais foi como dantes. Em Álvaro de Campos, Pessoa discorre sobre o Aniversário. Talvez seja assim este o poema apropriado para a data que se avizinha.

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Um poema por semana: E POR VEZES de David Mourão-Ferreira


Novo poema, desta feita de David Mourão Ferreira, poeta e escritor de coração mas professor de formação em Filologia. Teve também participação activa em jornais como os já extintos Diário Popular e A Capital tendo tido uma participação na revista intelectual Seara Nova. Teve passagens fugazes pela política e pela televisão. Foi condecorado em 1981 pelo então presidente da República, Ramalho Eanes, condecoração essa que foi elevada à posteriori para Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Produiu imensa obra literária entre os anos cinquenta e noventa, década na qual viria a felecer ainda novo. Das suas obras destaque para aquelas que foram musicadas e cantadas por Amália Rodrigues que se tornaram poemas referência no fado como Barco Negro ou Nome da Rua.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Em concordância


Os Deolinda no seu mais recente álbum decidiram divagar as notas músicais de mãos dadas com um prontuário e assim aconteceu, numa batida em jeito de marcha, concordância. É seguramente um modo mais interessante e ritmado de gramaticar a nossa língua.  

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dia da Europa




Assinala-se hoje o 53.º aniversário do ideal político mais arrojado, na era moderna, do continente que habitamos. A 9 de Maio de 1950 o continente europeu vivia ainda na ressaca da segunda grande guerra. Com os maiores países reduzidos a escombros a vida das populações não foi fácil durante o conflito e não foi melhor após o armistício. Foi nessa perspectiva que Robert Schuman propôs que a República Federal da Alemanha e outros países europeus se associassem para criar uma comunidade de interesses pacíficos – o continente europeu é o continente que menos tempo viveu em tempos de paz, se um único conflito armado ao longo da história.
Schuman queria assim garantir que o último acto de guerra no nosso continente tivesse sido a assinatura da paz e que acabasse por enterrar finalmente as diferenças sociais, culturais e raciais que nos separavam e que usasse essa mesma diferença em favor de todos os países do continente. Para tal Schuman decidiu que não haveria paz se não se estendesse a mão aos adversários da véspera de modo a fazer da união e a multiculturalidade a força motora e que poderia levar desencadeava também o processo de melhoria económica e social dos povos europeus.
A sua proposta, conhecida como "Declaração Schuman", é considerada o começo da criação do que é hoje a União Europeia e foi na Cimeira de Milão de 1985, que os Chefes de Estado e de Governo europeus decidiram celebrar o dia 9 de maio como "Dia da Europa". Os países fundadores do movimento europeu eram os que resultavam de uma já então existente associação inter-nacional de países que se tinham associado para promover a livre circulação de ferro, carvão, aço e outros minerais no interior da comunidade. Assim foi a partir da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço da qual partiu, a par da proposta de Schuman, o ideal europeu ou da União europeia.
Nos dias de hoje a europa vive momentos delicados com as dívidas astronómicas de alguns dos seus membros grupo no qual se inclui Portugal, com alargamentos sucessivos e pouco calculados, com uma taxa de desemprego sem paralelo até em tempos de guerra e com indefinições para o futuro que ameaçam colocar a parte ou o todo europeu em posições extremas ou fracturantes. Passados mais de 50 anos a europa atinge a idade em que nenhum dos seus líderes tem a consciência vivida de quais eram os ideais dos seus fundadores e talvez seja isso, em parte, a raiz dos problemas e dos desafios que este ideal de paz tem para o futuro.

Para saber mais da europa… http://europa.eu/index_pt.htm

A escola, nomeadamente a biblioteca não quer deixar passar a data em claro e assim estará disponível muita informação alusiva a este aniversário. Vem ver!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Um poema por semana: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" de Luís de Camões



Mais um poema de um escritor português. Hoje, Luís de Camões, célebre até pelo aspecto já que ostentava uma pala no olho direito, qual pirata "encartado". A sua obra mais emblemática "Os Lusíadas" retrata os feitos imensos resultantes da épica decisão de chegar à India por mar, algo nunca antes tentado e visto como uma façanha impossível. Os Portugueses chegaram à Indía, globalizaram o Globo e trasformaram-se numa potência mundial desde que a necessidade, o engenho e a coragem os levaram "para além da taprobana" como descreve na obra.
Para além de "Os Lusíadas", existe uma obra vasta de poemas nos mais diferentes estilos bem como peças de teatro, autos ou até comédias. Para além deste poema falado no vídeo, existem outros muito famosos tal como aquele que se segue, que retrata a saga maior dos Homens, o amor ou a falta dele :)

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luís Vaz de Camões

terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma sugestão

Em 1884 Edwin Abbott, professor e autor Inglês, escreveu uma aventura fantástica passada num país plano, portanto a duas dimensões como os quadros das salas de aula, povoado por uma sociedade hierárquica de figuras geométricas regulares que se comportam como nós, humanos.

Essa obra chama-se Flatland - país plano e desde cedo fascinou gerações e gerações de leitores jovens e menos jovens sendo hoje considerado um clássico de ciência e de ficção científica.

Nele Abbott explora as diferentes dimensões numa analogia bem construída entre as limitações dos humanos e as destas simpáticas figuras a duas dimensões. 

Encontrei no youtube um video que comprova que existe um filme, em inglês, que se baseia no livro. Deixo o trailer deste que me parece que reproduz o livro ainda que não fielmente.



Fica aqui a sugestão de um livro muito muito curioso. 

terça-feira, 12 de março de 2013

Semana da Leitura


Nesta que é última semana de aulas antes das, esperemos merecidas, férias da páscoa, a biblioteca da escola promeve a Semana da Leitura. E o que é a Semana da Leitura? Vocês diriam, não sem engano, que a Semana da Leitura seria dedicada unicamente à leitura de livros. Ora estabelecida a dúvida e o engano na vossa resposta, explico que a Semana da Leitura consiste numa série de actividades que vão desde uma Feira do Livro com uma selecção variada de autores, géneros literários, conteúdos, formatos, histórias... Decorre também a par desta, um concurso de escrita criativa subordinado ao tema "Mar" ao qual já se tinha aqui feito referência, bem como sessões de leitura, exposição de livros e para terminar a semana o Sarau Cultural da escola.
Com tanta oferta o problema não vai ser participar mas sim escolher o que fazer primeiro.   

terça-feira, 5 de março de 2013

Um poema por semana: "Mãezinha" de António Gedeão



A RTP2 promeveu durante o ano de 2011 um pequeno programa onde pessoas anónimas ou não, liam poemas de poetas portugueses, mais ou menos reconhecidos. Era uma ideia brilhante e foi com pena que, com o mesmo sossego com que surgiram, assim se desvanesceram. Fica aqui um deles de Rómulo de Carvalho, professor muito talentoso e reconhecido de meados de século passado. Devem achar estranho que o poeta tenho o nome de António Gedeão. Pois os dois eram a mesma pessoa. Rómulo de Carvalho escolheu o outro nome para seu pseudónimo, ou seja, o seu nome de escritor.

O livro estranho

Concurso de Escrita

A biblioteca tem promovido um concurso de escrita criativa juntos de todos vós. Da entrega dos últimos trabalhos sobressaíram os textos do Rodrigo, da Beatriz e da Raquel, tal como a imagem indica. 
Para o próximo o tema será o Mar. Participem! E para não dizerem que não se dá o exemplo...


A biblioteca promove, para todos vós
Um concurso de escrita
Para os alunos e não pais, tios ou avós
E ainda que sem data prevista
Queremos receber os vossos textos
Não precisam de um saber enciclopedista
E não queremos saber de um, sequer pretexto
Enviem-nos o vosso esforço sem sentimento pessimista
Porque interessa participar, nem que se fique em sexto.  



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Concurso: Jovens escritores



A Nissan Portugal lançou um concurso a nível nacional, designado “Jovens Autores de Histórias Ilustradas”, em parceria com o Plano Nacional de Leitura (PNL) e a Leya, destinado aos alunos do Ensino Secundário. 
A iniciativa enquadra-se no conceito de “Cidadania Azul” da Nissan e tem como objectivo estimular as competências dos adolescentes, com vista à identificação de potenciais novos talentos nas áreas da escrita e da ilustração em Portugal. A temática desta primeira edição é a Mobilidade Sustentável e os destinatários são os alunos do Ensino Secundário, a quem é proposto o desafio da criação de uma história original e da sua posterior ilustração no âmbito do tema do concurso.
Os melhores trabalhos desta 1.ª edição do Concurso serão publicados em livro. Os autores dos trabalhos e os seus professores  farão uma visita ao Nissan Design Center (Londres) com fim-de-semana livre na capital britânica (viagens aéreas  e alojamento incluído).
Para além das melhores histórias ilustradas, o júri nacional nomeará ainda a “Melhor História” e a “Melhor Ilustração”, cujos Autores, para além de receberem os prémios acima mencionados, terão a possibilidade de criar uma nova história original e que será editada em livro exclusivo, com um máximo de 60 páginas, durante o ano lectivo 2013/2014. 
No que respeita aos Agrupamentos / Escolas não agrupadas dos autores premiados, receberão um significativo apoio em livros para as bibliotecas, em colaboração com a LeYa.

Efeméride: Nicolau Copérnico



Passam hoje 540 anos sobre o nascimento de Nicolau Copérnico, um famoso astrónomo de nacionalidade polaca que deu o impulso definitivo para a, à data, teoria que tentava explicar como era o Universo e qual era a sua dinâmica.
Na realidade não se sabia o que existia para lá de alguns planetas do Sistema Solar e assim o Universo naquele então era simplesmente parte do Sistema Solar que hoje conhecemos e no qual está a Terra.
Copérnico fez frente à ideia de então patrocinada pela Igreja Católica que considerava que a Terra era o centro do Universo.  Deu-se ali a primeira cisão entre o que viria a ser a cosmologia (ramo da física que estuda o cosmo = universo) e a teologia (o estudo ou análise de algo ou sobre uma ente divino).
Com os seus conhecimentos em matemática ele estudou os movimentos dos planetas então conhecidos e concluiu que, face ao que tinha visto, que teria que ser o Sol (em grego, Helios) a estar no Universo conhecido de então. 
Começou a desenvolver a sua teoria de um universo heliocêntrico (Helios = sol e kentron = centro) no início de 1500 mas apenas publicou o seu modelo em 1543, em "De revolutionibus orbium coelestium" ("Sobre as Revoluções das Esferas Celestes"). 
Copérnico morreu a 24 de maio de 1543, supostamente no mesmo dia em que recebeu uma cópia do seu livro, que a Igreja Católica considerou leitura proibida por quase três séculos.
Como mera curiosidade... Copérnico no seu tempo de vida foi astrónomo, matemático, cónego, jurista e médico! Uma vida em pleno.